6 de março de 2014

A caneta e o papel

 Eu escrevo por amor, eu escrevo por dor, por dinheiro, por solidão, aflição e todos estes "ão" que nos incomodam.
 Você leu dinheiro? Desculpa, me empolguei. Quem escreve por dinheiro não tem amor pelas palavras e nem pelos pássaros.
 Dinheiro é a recompensa por aquilo que você dá o seu melhor.
 As palavras, minhas palavras, estão aqui em sua tela. Mas elas surgiram em uma folha de papel rosa.
 O teclado deixa as letras falsas. Minha letra não é do jeito que está no teclado. Minha letra é a que está no papel. Tremida, torta, cursiva. É a MINHA letra.
 O teclado e o computador deixa tudo tão artificial, tão sem sentimento. Seco, duro, barulhento.
 O papel é leve, a caneta desliza e a letra sai igual ao meu sentimento.
 Eu dou valor ao que é real. Dou valor a minha caneta, meu papel e o meu coração. Se eu tenho isso eu sou feliz.
 Para escrever no papel não precisa de energia e nem espaço. É você, o papel e a caneta. Só! E é dessa forma que o sentimento consegue fluir. Entre a caneta e o papel.


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