Eu escrevo por amor, eu escrevo por dor, por dinheiro, por solidão, aflição e todos estes "ão" que nos incomodam.
Você leu dinheiro? Desculpa, me empolguei. Quem escreve por dinheiro não tem amor pelas palavras e nem pelos pássaros.
Dinheiro é a recompensa por aquilo que você dá o seu melhor.
As palavras, minhas palavras, estão aqui em sua tela. Mas elas surgiram em uma folha de papel rosa.
O teclado deixa as letras falsas. Minha letra não é do jeito que está no teclado. Minha letra é a que está no papel. Tremida, torta, cursiva. É a MINHA letra.
O teclado e o computador deixa tudo tão artificial, tão sem sentimento. Seco, duro, barulhento.
O papel é leve, a caneta desliza e a letra sai igual ao meu sentimento.
Eu dou valor ao que é real. Dou valor a minha caneta, meu papel e o meu coração. Se eu tenho isso eu sou feliz.
Para escrever no papel não precisa de energia e nem espaço. É você, o papel e a caneta. Só! E é dessa forma que o sentimento consegue fluir. Entre a caneta e o papel.
0 comentários:
Postar um comentário